sexta-feira, 16 de outubro de 2015

H&M Design Award (2014)




O vencedor do ano 2014 do H&M Design Award é um jovem de 24 anos, de nacionalidade francesa, simples e distinto. Eddy Anemian conta que se inspirou na belíssima obra de Jean-Auguste Dominique Ingres e no filme I am love - nomeado para o Óscar de melhor figurino -, de Luca Guadagnino, para criar a coleção They Can Cut All The Flowers, They Cannot Keep Spring From Coming, romântica e ingénua. 


No site da marca, apenas uma peça está disponível, por enquanto, a um preço de segmento médio, o que pode constituir um bom investimento para as amantes do design de autor. 







segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O lodaçal



As conversas pelos blogues nacionais estão o espelho da educação torpe das criaturas que habitam este belo pedaço de terra à beira mar plantado. As senhoras, quando toca esganiçarem-se seja pelo que for, tornam-se verdadeiros capetas de saltos. Se, por um lado, há quem se queixe do extremismo de esquerda, pelo outro, ainda mais duvidoso, vem o discurso da superioridade moral deslavado da direita. E porque, de facto, temos direito ao voto, nem que optemos por anémonas com olhos, deixemo-nos de baixarias que isto já parece mal.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Jay Gatsby, um homem ímpar.

 
Leonardo DiCaprio em The Great Gatsby, de Baz Luhrmann.

A foto da semana, aqui no blog - talvez não tenham notado -, pertence a uma das mais belas cenas do cinema dos últimos tempos. Trata-se de DiCaprio, com o seu ar imperial nórdico, vestido como um cavalheiro, ligeiramente excêntrico, rodeado de flores brancas, impaciente, com uma expressão de angústia que haveria de ficar eternizada para as gerações que virão. Sou, inegavelmente, fã do seu trabalho e, por norma, nunca decepciona. Soube desligar-se com mestria do imberbe Jack Dawson de Titanic e talhou a sua carreira, deixando para trás aquela etiqueta desmesurada de sex symbol que qualquer senhor de bom gosto abomina e repele com veemência. 




Em The Great Gatsby, baseado no livro homónimo de um dos maiores nomes da literatura do século passado, Scott Fitzgerald, interpreta Jay Gatsby, um homem cuja riqueza material cria um interessante paradoxo com a sua espiritualidade. Embora um self made man, soube absorver os ensinamentos, a educação de esmero, a cordialidade e toda a sumptuosidade que um homem criado em berço de ouro deveria ter a obrigação de possuir e que tantas vezes refuta em nome da ordinarice, e da sua torpe elasticidade moral. 
Amava incondicionalmente uma mulher, cujo desvelo não lhe seria correspondido da mesma forma. Talvez a tenha amado como apenas se ama em filmes ou em grandes romances literários, mas foi a imagem de um amor puro, despretensioso que soube, como a música diz, deformar tudo ao seu jeito, para que parecesse bonito. E em Jay Gatsby tudo parece belo e magestoso. 


Kate Winslet para The Edit ou a beleza dos seus 40





Kate Winslet para The Edit

Apesar de nunca ter feito parte das minhas beldades de eleição, é inegável a sua raça de english rose, a sua pose assertiva e tranquila, como a de uma verdadeira senhora que sabe ao que vem, como estar e como dirigir com rigor a sua carreira. Toda a gente se lembra da ruivinha de busto farto, impertinente e até ligeiramente tonta, em Titanic. Haveríamos de a relembrar por longos períodos e uma geração inteira de meninas e graúdas invejou-lhe a sorte de co-protagonizar, com Leonardo DiCaprio, uma das mais míticas histórias de amor do cinema Hollywoodesco



Se Kate Winslet não me conquistou lá, fê-lo magistralmente em The Reader, em Revolutionary Road, em The Life of David Gale ou mesmo em Eternal Sunshine of the Spotless Mind. Vê-la tão graciosa no editorial da The Edit, mais bela aos 40 do que aos 20, com uma segurança de discurso e uma forma de diva de outros tempos, faz-me gostar ainda mais dela. 

A entrevista aqui