quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

As pragas que estão para durar.



Podia falar dos desejos mais pessoais, mas não considero de grande utilidade para quem lê. Divido, porém, com os leitores, desejos que podemos, certamente, ter em comum: 

  1. Que acabem as leggings e os tecidos de lycra usados aos desbarato por senhoras de silhueta duvidosa; 
  2. Chunky heels já deram o que tinham a dar e, sejamos sinceros, não beneficiam ninguém e conferem um arzinho ordinário, se não houver bom senso. E ele, como tão bem sabem, está em vias de extinção. 
  3. Um bocadinho de sobriedade a usufruir das redes sociais. Nada contra o seu uso - benefícios mais que muitos -, também tenho conta de facebook, mas não lavo roupa suja na rua nem choro as pitangas em praça pública. Fica mal e, lembrem-se, mais vale sermos alvo de inveja do que de pena
  4. Uma pitada de bom gosto, não só na toilette, mas também nas escolhas literárias, musicais e das artes no geral. Não se agrada sempre a gregos e troianos, é verdade - ainda bem, ou seria uma grande maçada -, mas proclamar divindades como Rihanas, Lady Gagas e senhoras dessa linha, parece-me estranho. Lá cantava Morrissey, e com toda a razão, Panic: 
(...)I wonder to myself
Burn down the disco
Hang the blessed d.J.
Because the music that they constantly play
It says nothing to me about my life
Hang the blessed d.J.(...)
Por último, que não quero aborrecer-vos com isto, Breaking Bad poderia voltar em grande. De todos, embora não me pareça plausível, talvez fosse o mais fácil de realizar, porque as pragas anteriores estão para durar.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Mas eu pedi para falarem por mim?



O mundo mudou consideravelmente desde o advento do facebook. Já sabem que tem o seu quê de pragazinha demoníaca e os benefícios talvez nunca compensem as tolices que lá se tornaram imperativas. 
Com a chegada do novo ano - mais um sem nada de admirável -, o facebook oferece, nada mais nada menos, que uma retrospectiva no nosso ano em fotos, com um texto magnífico a acompanhar, em jeito de somos todos muito amigos e parolinhos:"Foi um ano espetacular! Obrigado por fazeres parte dele."
Ora pára lá tudo imediatamente! Para começar, não preciso que nenhum computador se expresse por mim. Guardem isso para quem quer, se me fizerem o obséquio. Depois, não há adjetivo para qualificar qualquer coisa, mais desprezível e barato do que o espetacular. Para já não falar no facto do ano da maior parte das pessoas ter sido a mesma treta de sempre. Só para que conste. Por fim, tanta pinderiquice junta, causa-me náuseas. Não agradeço a ninguém por fazer parte do meu ano ou mesmo da minha vida. Com excepções muito fáceis de distinguir, quem quer fica, pelos benefícios que poderá retirar por estar ao meu lado. Não há aqui altruístas de maior, desenganem-se. 
O que ainda torna isto mais ridículo e pequenino é o facto da maior parte das pessoas terem a sua conta pejada de pseudo amigos-para-encher-que-fica-sempre-fixe-e-ainda-se-sacam-umas-tontas-ou-tontos-com-alguma-sorte-e-pobre-engenho. 
Pronto, tenho azia para o dia inteiro. Está dito. 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Dica de beleza - o chá verde e os ensinamentos das japonesas.



Há uns tempos, li um artigo sobre as propriedades do chá verde. Consta que, para além de proteger as células do organismo, retardar o envelhecimento, combater o colesterol e as doenças do coração, ajuda a manter uma silhueta elegante. Claro está que não basta beber litros de chá verde durante o dia. O importante é fazer uma implementação equilibrada no nosso quotidiano, aliado a uma alimentação saudável e cuidados básicos com o corpo. Não há milagres, desenganem-se. No entanto, com um pouco de auto-controlo consegue-se a silhueta que se almeja. 
As mulheres, que vivem tão obcecadas com a aparência da pele, em Portugal, seguem uma linha de raciocínio errada. Quando saio à noite, não são raras as vezes que percebo que mulheres de tenra idade - muitas vezes na adolescência - fazem uso obsceno de bases compactas, de pós, bronzers e blushes. Ou seja, de tanto produto mesclado que, passado umas horas, a pele está empapada. 
Quando saio de país, percebo que são hábitos ocidentais, que é algo que se deve observar por toda a Europa e pela América. Se em boa verdade, as latinas não são dotadas com peles tão leves e frescas como as mulheres nórdicas, têm maior facilidade, no entanto, para usar cosméticos. Para mim, escolher uma base que se adeqúe ao meu tom de pele, é uma odisseia. Em terra de morenas, a indústria cosmética, está pensada para elas e o resto vê a banda passar.

No entanto, bases à parte, se observarmos os hábitos de beleza das senhoras asiáticas, vê-se um cuidado diferente, algo que vem desde a raiz - a qualidade da tez. E o maior segredo passa pela proteção solar. Fogem do sol como vampiros. Orgulham-se da tez esquálida e imaculada. Nada de horas a fritar ao sol, nada de auto-bronzeadores. Mas também, nada de gorduras saturadas, nada de refrigerantes. Chá verde é uma cultura e, embora se possam perder em pequenos pecados da gula, a sua base alimentar é tão sólida que as suas silhuetas nos parecem sempre inalcansáveis. Para além disso, têm parcimónia suficiente para limpar a pele, todos os dias, como profissionais. 
Embora me esmoreça, de tempos a tempos, de fazer uma limpeza irrepreensível da pele - grande pecado pelo qual pagarei com juros daqui a alguns anos -, não  há, porém, dia que não saia de casa com a proteção solar devida e os dias de desmazelo alimentar são poucos e, num ano, contam-se pelos dedos. Pois agora pretendo também valer-me as propriedades do chá verde. Ao invés de beber o meu chá de limão habitual, vou optar por experimentar as maravilhas deste chá. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Boho com parcimónia

As toilettes mais boho têm o seu encanto, desde que não se caia em exageros. Veja-se a senhora Bardot e os coordenados lindíssimos que fez com mestria. Desde os chapéus fedora, às túnicas tribais, das botas arrojadas às jaquetas de franjas. 



Como não sou mulher para usar grandes cores, apreciei sempre mais alguns pormenores do que o coordenado no geral. Um chapéu boho com um look mais formal e um calçado confortável, estilo oxford, por exemplo; uma jaqueta de franjas com uns jeans e uns botins de boa qualidade; ou apenas uma carteira statment, com motivos tribais, num coordenado meramente monocromático. 

Para mim, boho deve ser usado com parcimónia, sob pena de parecermos caricaturas. Está claro que cada um deve optar pelo seu estilo, adaptar-se ao seu biótipo e trabalhar o melhor possível com isso.  Para mim, bastava-me este magnífico DNKY, em eco-pele - pois está claro -, talvez numa mistura provável de preto sobre preto.