segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Hermès nunca nos falha.

Pois bem que já dei a espreitadela do costume à coleção Primavera-Verão da Hermès, mas atendendo ao facto desagradável do frio vir a galope até nós, demoro-me então na coleção Outono-Inverno, da qual poderemos tirar algumas ideias para aquilo que representa um bom investimento. Se virem parecido, agarrem, porque o que vos deixo é uma peça de valor. Atentem apenas no pormenor dos acabamentos e do material para que mantenha um ar polido durante bastante tempo.

 
Saias em polipele - que eu não uso peles, como tão bem sabem - com comprimento quase pelo tornozelo. Afinam a figura e dão um ar cuidado e senhoril.

 
 A minha preferida será sempre na cor preta, por ser, logicamente,  bastante mais fácil de coordenar, mas podem dar-se ao luxo de agarrar qualquer cor, desde que conheçam as barreiras da peça.
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Chic para o dia-a-dia.

Apesar da correria habitual do dia-a-dia, estar chic é mais do que calçar uns saltos e vestir um fantástico black dress. Há pequenos truques que fazem toda a diferença: peças com bom ar, roupa polida, cores fortes e o nunca me comprometo preto, cabelo com ar natural, mãos arranjadas e um bom protetor solar no rosto - que não há base que nos valha se a pele não estiver bem protegida.
 
 
 
 

 
 

É tempo de pensar em simplicidade.

Se a rigidez não é aceitável para quase nada no quotidiano do séc. XXI, seria pouco provável que continuássemos a ter todo um manancial de truques e artimanhas para conseguirmos sempre um cabelo impecavelmente penteado. Sou plenamente a favor de um visual polido e de um penteado que siga a mesma linha. Escadeados irregulares, madeixas californianas e cores berrantes, não são, efetivamente a minha preferência, pelo que sei que muito dificilmente aderiria a essas tendências.
Nos últimos desfiles, vemos o ressurgimento do simples, do quase sou assim naturalmente bela. O truque do cabelo por dentro dos casacos - Mulberry e Chanel - é uma aposta interessante para criar um look mais descontraído sem que tenhamos de entrar em grandes excentricidades. Simplicidade e visual depurado serão sempre as características a copiar.
 
 

 

 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estado de brilho.

Embora tenha reaparecido um pouco da tendência grunge nesta estação, o facto é que o luxo, os brocados, veludos e as joias opulentas continuam a ser o grande must do Inverno.
Por vezes, uma mulher tem que investir nos acessórios para incrementar o neutro e pragmático do seu guarda-roupa. Não precisamos de fazer como Lanvin, mas que dá para tirar umas ideias, isso dá.



 
Lanvin, Fall-Winter 2013/14

sábado, 19 de outubro de 2013

Kate Moss em Alexander McQueen

No dia 17 do presente mês, Kate Moss presenteou-nos com esta visão maravilhosa de uma criação do atelier Alexander McQueen. Torno a referir que nunca erra e faz absolutamente tudo com mestria. Em Kate tudo fica bem, é certo, mas o veludo, as mangas balão, a cinturinha marcada e aquele comprimento chic que requer calçado com tira no tornozelo, fizeram dela um colírio para os olhos de qualquer pessoa. Lamento apenas não ter criado um visual mais dramático recorrendo a um smokey eyes preto ou mesmo um eyeliner bem marcado.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Walking Dead, o regresso.

Não representa novidade alguma, para quem me conhece minimamente, que sigo religiosamente a série do canal AMC, The Walking Dead, um sucesso a nível planetário, é verdade, mas com todo um encanto que vai muito para além do mainstream televisivo. Primeiramente, parte com a vantagem de Frank Darabont, o génio por trás do filme mais cotado do IMDB, The Shawshank Redemption (1994), nomeado em 95 para o óscar de melhor filme. Se a obra de Frank é claramente superior, não podíamos ter menos que magistralidade em Walking Dead.
Mas o que fez da adaptação dos comic books homónimos de  Robert Kirkman, Tony Moore e Charlie Adlard um sucesso a esse nível foi Rick Grimes (Andrew Lincoln), um homem carregado de virtudes, com índole entre a inocência e o estado primário da necessidade que, embora em boa verdade aguce o engenho, não é utilizada em vantagem para a cobardia, os atos medíocres e as palavras deselegantes. Até em situações apocalípticas, há a necessidade de ser-se um cavalheiro e fazer-se notar numa multidão de bárbaros. Acontece que a personagem principal da série é esmagada contra as circunstâncias de  um casamento falhado, de uma esposa manipuladora, com comportamentos tão antagónicos que tanto nos causam uma repulsa que nos chega até às entranhas, como nos causa uma certa ligeireza, muito ao género: o mundo está um caos, não há forma de sermos tão polidos.
Na semana em que estreou a quarta temporada da Walking Dead, reencontra-se o calor humano, a tranquilidade irrequieta do perigo iminente silencioso, a destreza de personagens tão caricatas quanto espantosas - e lá está o meu encanto por Daryl Dixon e a exótica Michonne -, um certo aroma aos primeiros episódios, com toda a complexidade entre personagens tão comuns quanto estranhamente enfadonhas, com a lacuna inevitável da ausência de Shane e de Lori que, embora tenham pecado tornando-se inevitável mantê-los no trama, fizeram - honras sejam feitas - de Walking Dead uma das melhores séries de sempre.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dr. Martens Drench

Quem me segue sabe que sou fã do design e qualidade de excelência da Dr. Martens. Pois que agora, para além da magnífica coleção vegan, dos padrões florais, dos veludos, do tartan e das cores absolutamente inovadoras, vai de inventar as Drench. São botas fabricadas em borracha, com design muito sóbrio e à prova de água, para o Outono e Inverno.




quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Be careful what you wish for.

Todos nós achamos, de forma absolutamente resoluta, que sabemos o que é vantajoso para nós, quem queremos ao nosso lado, que demónios devemos expurgar. Se pensarmos bem a respeito, percebemos que há pouquíssimas coisas que conseguimos controlar e o que desejamos é um gritar mais profundo que pode sempre ficar reservado para uma realidade paralela. Quando o que almejamos se torna realidade, é possível sentir o consolo imediato de uma tarefa acabada, de um ciclo fechado ou de uma volta em aberto. Posto isso, parte-se do princípio que desejamos o que é bom, o que nos trará vantagens. Pois desengane-se quem assim pensa. Pode acontecer que o perigo esteja naquilo que desejamos e quando se concretiza a demanda, sentir-se um vazio interior sem precedentes. O problema é que raramente há volta a dar e será sempre muito difícil voltar atrás, tentar consertar o que não tem mais remédio. Por isso, já Henry Selick nos falou, através do excelente Coraline, com um traço infantil e uma pitada de ingenuidade, be careful what you wish for, porque pode realizar-se.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O fascínio pelo ballet e múltiplas inspirações.

A Primeira Bailarina por Edgar Degas
Desde tenra idade me sinto fascinada pelo ballet, os bailados clássicos, a excelente forma física dos bailarinos, a delicadeza das danças, que criam um paradoxo interessante, valendo-se de um esforço titânico entre o extremo da leveza e a dificuldade acrescida. Pergunto-me sempre se não se sentirão quase voar.

Degas, no auge da sua mestria, soube interpretá-lo como nenhum artista plástico o tinha conseguido anteriormente. Intrigado com os movimentos, a candura das bailarinas, todo o enlevo poético que existe em volta da nobre dança, pintou diversos quadros sobre a temática. A Primeira Bailarina, mundialmente conhecida mesmo para as mentes leigas - valendo-se da capacidade de lhes marcar a memória fotográfica - é o expoente máximo da beleza do movimento transportado para tela. Embora não seja apreciadora do impressionismo de Degas, faça-se justiça e assuma-se que conseguiu imortalizar-se com talento e desenvoltura mais do que suficientes.
Seria de esperar - não é um conceito novo - que todo o requinte do ballet, invadisse, de tempos em tempos, as passerelles. Se não tivermos saias ou vestidos pompom, temos, pelo menos, as formas revisitadas, o tule, a feminilidade das formas levada ao extremo. Veja-se, por exemplo, a coleção Red Valentino que há uns tempos vos mostrei.
Muito de vez em quando, encontram-se peças destas que vale a pena, efetivamente, ter no armário e usar nas ocasiões mais especiais.





sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Camisa inspiração Mary Katrantzou

Mary Katrantzou Fall/Winter 2013
 
 
Já aqui escrevi que sou assumidamente fã dos padrões orientais, de todo o seu dramatismo, o jogo de cores frias, a elegância polida que emprestam a qualquer peça. Ao dar uma olhada pelas novidades da coleção da Mango, encontrei uma camisa que é um requinte pela particularidade do seu padrão a lembrar as criações de Mary Katrantzou.



 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Saber envelhecer com beleza.


Jéssica Lange, com a bela idade de 64 anos continua a
conseguir uma imagem bem mais interessante do que
boa parte das jovens da geração atual.
Sempre tive a firme convicção que a verdadeira beleza permanece e, embora mutável, é perfeitamente possível de ser apreciada em todas as idades. Pois que achamos uma criança bonita e graciosa assim como gabamos a pele de porcelana de uma senhora de idade avançada, com a mesma simpatia.
A idade é um selo de garantia de qualidade em ambos os sexos. Ou bem que somos belos e assim permanecemos, com as protuberâncias naturais dos diferentes ciclos, ou bem que somos apanhados pelo descalabro que nenhuma maquilhagem nem roupa de grande qualidade conseguem disfarçar. Por isso que prezo, acima de tudo, o cultivar intelectual ao mesmo nível que aprecio um bom casaco e com a mesma parcimónia com que cuido da minha pele todos os dias. A beleza num todo que se espelha, como é natural, em todo o esplendor, se os genes ajudarem, nas nossas formas, no rosto, nos cabelos.
Fico satisfeita quando vejo, efetivamente, uma senhora bem cuidada, bem falante, de traços finos e maneiras requintadas. No mês em que estreia a 3ª temporada da série American Horror Story, que sigo com entusiasmo - aqui me confesso -, não poderia deixar de escrever sobre uma dama de verdadeira beleza e sobriedade: Jessica Lange. Pele alva, compleição fantástica, bonitos cabelos loiros e um corpo que continua escultural, apesar de já ser sexagenária, fazem dela um verdadeiro ícone de maturidade inteligente. Consegue estar igualmente graciosa hoje como em 1976, em King Kong, na pele de Dwan, que encantou o gorila imortal do cinema (percebemos todos porquê).
 Em Big Fish (2003), aparece com bonitos caracóis dourados, envergando vestidos de acentuada elegância intemporal. Uma verdadeira visão do Éden no cinema.


Jessica Lange no filme O Cabo do Medo (1991), de .


American Horror Story - The Coven (2013).