quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Be careful what you wish for.

Todos nós achamos, de forma absolutamente resoluta, que sabemos o que é vantajoso para nós, quem queremos ao nosso lado, que demónios devemos expurgar. Se pensarmos bem a respeito, percebemos que há pouquíssimas coisas que conseguimos controlar e o que desejamos é um gritar mais profundo que pode sempre ficar reservado para uma realidade paralela. Quando o que almejamos se torna realidade, é possível sentir o consolo imediato de uma tarefa acabada, de um ciclo fechado ou de uma volta em aberto. Posto isso, parte-se do princípio que desejamos o que é bom, o que nos trará vantagens. Pois desengane-se quem assim pensa. Pode acontecer que o perigo esteja naquilo que desejamos e quando se concretiza a demanda, sentir-se um vazio interior sem precedentes. O problema é que raramente há volta a dar e será sempre muito difícil voltar atrás, tentar consertar o que não tem mais remédio. Por isso, já Henry Selick nos falou, através do excelente Coraline, com um traço infantil e uma pitada de ingenuidade, be careful what you wish for, porque pode realizar-se.

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