quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ainda em mood branco.





Sempre adorei o modelo em branco, mas, por incrível que possa parecer, já tive verdes, vermelho, preto, cinza ou mesmo pérola, mas branco nunca. Vamos lá ver se deste Verão não passa. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

E não é que chegámos à Era em que a vulgaridade dá dinheiro e status!



Há uns tempos falei da detestável Rihanna e as suas poses lânguidas com um microfone usado para fins pouco poéticos, vai que agora virou moda e a tonta do momento, Miley Cyrus, que não admite ser deixada para trás, faz uma actuação, no mínimo, de assumido mau gosto, durante a sua tour Bangerz que - cruz canhoto! - vai passar por cá. 
Desculpem-me as pessoas que sofrem, infelizmente, de perturbações mentais, por aqui as chamar à conversa, mas esta menina parece-me um caso grave de fuga de manicómio. Demoraria uma eternidade a deter-me sobre a parda qualidade da sua música, de todo o show de fraco significado que artistas deste gabarito sustentam por esse mundo todo. Sinceramente, considero tão tonta a menina Miley como qualquer fã cuja idade ultrapasse os 15 anos. Nessa idade, já eu lia grandes obras da literatura, tinha responsabilidades várias e plena consciência do que era aceitável e do que ultrapassava todos os valores da moralidade. E vá, uma mãe que sabia incutir o que a uma senhora é de valor e o que se deve passar para trás das costas, porque seria de fazer corar qualquer profissional de prostíbulo. Se em tempos, se julgava uma mulher pelo seu passado e pelas escolhas menos abonatórias, hoje estamos todos muito polidos e não se julga ninguém, tudo é permitido e os comportamentos mudaram drasticamente no espaço de dez anos, se bem me lembro. Não que a minha geração seja consideravelmente mais abonada de gostos, mas não admitiu tão facilmente uma veneração cega a personalidades deste género. 





A mais bela do mundo... ou não.



Lupita Nyong'o foi, recentemente, considerada a mulher mais bonita do mundo, pela famosa lista da People. Nunca percebi muito bem o intuito das listas de beleza e sempre as considerei redutoras, mas fossem todos os males do mundo esse e estaríamos bem. Desta vez, faço um breve comentário sobre a senhora que se encontra no topo, a vencedora do Óscar de Melhor Atriz Secundária pelo maravilhoso desempenho em 12 Years a Slave, de Steve McQueen. Se em boa verdade, sempre fui mais adepta das feições caucasianas, também é verdade que os rostos esquálidos de Hollywood já tiveram melhores dias. Dietas extremas, melodramas públicos, vidas de excessos e uma busca incessante pelo status de a mais sexy, a mais atraente, a mais desejada, estragaram a elegância de muita menina bonita pela terra dos tolos. 


Lupita não se esforça minimamente pela etiqueta vulgar e traz de novo um brilho sofisticado para as passadeiras desse mundo fora. Talvez se deva às suas raízes mais simples, nas quais se vincula que uma senhora tem que saber sê-lo e comportar-se como tal, não lhe bastando, para isso, ter um bonito rosto e um corpo de estátua. Veste eximiamente, apresenta-se sempre bem, é detentora de um sorriso rasgado, daqueles que monopolizam o olhar e enternecem, não se entende muito bem porquê. Houvesse muito mais meninas assim para dar o exemplo, é o que vos digo. 

O mundo do paranormal em Paranormal Witness.



Sou das pessoas mais céticas que conheço. Desde tenra idade me apercebi e tomou forma a imutável certeza de que vivemos uma só vida, que o mundo é aquilo que podemos enxergar com os nossos olhos ou sentir com os restantes sentidos. Que Deus, aquela maravilhosa invenção para não alastrar o desespero inerente ao homem, dava imenso jeito, mas que a mim não convencia. 
Paranormal Witness é uma série documental, que relata a história de pessoas comuns, que, em determinado momento das suas vidas, se viram a braços com situações de turbulenta complexidade emocional, com objectos que mexem sozinhos à mistura, sons vindo não se sabe muito bem de onde, visões do próprio Diabo e com algumas abduções pelo meio, para tornar o enredo mais emocionante. Mesmo para quem possa considerar isso um absurdo de todo o tamanho, vale a pena ver. Não aconselho, no entanto, a gente sensível, demasiado impressionável. 

sábado, 12 de abril de 2014

Abril em bom branco.

Gosto do branco, do preto, dos nude e das cores de jóias (metalizados, verde esmeralda, vermelho rubi, azul turquesa...). No Inverno lá me fico mais pelos pretos e cinzentos, mas o calor já está por aí e vai de reinventar um pouco a paleta para não aborrecer. O lookbook Zara do presente mês está recheado de branco imaculado, daquele que cai bem a qualquer alminha, que enche de luz qualquer cara esquálida. 



A ponderar ficam os culottes brancos da imagem 2 (à esquerda) e o vestido ou macacão, da imagem 1, (ainda não percebi muito bem), com gola de alfaiataria, também em branco. 

A boçal arte do mal dizer.


A Calúnia de Apeles, óleo por John Vanderlyn


Nasci com a sensatez de perceber que falar sobre a vida alheia nos atrasa a nossa própria. Há medida que se amadurece, vão-se limando as arestas, não para chegar a Brâmane, mas, pelo menos, para encontrar um pardo equilíbrio. Há uns dias, numa saída entre amigos, reparei numa moça, com os seus vinte e poucos anos, muito feia de rosto e de mau gosto assumido, que ia muito para além da postura alcoviteira. Passou toda a noite em comentários menores, toda tesa nas convicções deturpadas pela nobre arte de apontar o dedo, porque assim lhe apetecia. E fulana e sicrana eram cozido e assado. Prestou-se a tanta tonteria que cheguei a um momento que me esqueci da sua existência.   
Vai daí, pus-me a pensar na quantidade de tempo e energia que muita gente despende a criticar, a enxovalhar e a denegrir a imagem alheia. Esta gente, digo-vos já, devia nascer sem língua, para que o veneno se revoltasse nas entranhas, sem a forma de palavras e nos dispensasse de tamanha boçalidade e mal estar. 
Em boa convicção de que todos nos comportamos de forma menos polida, de vez em quando, não nasci com tolerância para gente de tamanha estupidez. São famílias em disputa verbal, são amigos da onça que, viram-se as costas, e maldizem-se sem pudor, são as relações amorosas fracassadas que se transformam em verdadeiras batalhas ardilosas... É, portanto, um manancial de tolices que poderia fazer-nos perder uma eternidade a dissecar comportamentos. Creio, acerrimamente, que a cada um de nós nos cabe o lugar devido e espalhar os tentáculos pela vida alheia é uma prova de um carácter mesquinho e anti-evolutivo.  Vai-se a ver e, já que se inventa tanta coisa, criam-se por aí umas salas do mal dizer, ao jeito de uma boa tertúlia, e privam-nos, alegremente, da presença desta gente. Valha-nos a boa educação que nos ensina que perseverar no cumprimento do seu dever e guardar silêncio é a melhor resposta à calúnia e à infâmia