segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Mas eu pedi para falarem por mim?



O mundo mudou consideravelmente desde o advento do facebook. Já sabem que tem o seu quê de pragazinha demoníaca e os benefícios talvez nunca compensem as tolices que lá se tornaram imperativas. 
Com a chegada do novo ano - mais um sem nada de admirável -, o facebook oferece, nada mais nada menos, que uma retrospectiva no nosso ano em fotos, com um texto magnífico a acompanhar, em jeito de somos todos muito amigos e parolinhos:"Foi um ano espetacular! Obrigado por fazeres parte dele."
Ora pára lá tudo imediatamente! Para começar, não preciso que nenhum computador se expresse por mim. Guardem isso para quem quer, se me fizerem o obséquio. Depois, não há adjetivo para qualificar qualquer coisa, mais desprezível e barato do que o espetacular. Para já não falar no facto do ano da maior parte das pessoas ter sido a mesma treta de sempre. Só para que conste. Por fim, tanta pinderiquice junta, causa-me náuseas. Não agradeço a ninguém por fazer parte do meu ano ou mesmo da minha vida. Com excepções muito fáceis de distinguir, quem quer fica, pelos benefícios que poderá retirar por estar ao meu lado. Não há aqui altruístas de maior, desenganem-se. 
O que ainda torna isto mais ridículo e pequenino é o facto da maior parte das pessoas terem a sua conta pejada de pseudo amigos-para-encher-que-fica-sempre-fixe-e-ainda-se-sacam-umas-tontas-ou-tontos-com-alguma-sorte-e-pobre-engenho. 
Pronto, tenho azia para o dia inteiro. Está dito. 

Sem comentários:

Enviar um comentário