quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Amor de literatura.




O amor, tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contacto de duas epidermes, já dizia Sébastien Roch-Chanfort. Uma visão pouco idílica do amor e até desprovida de beleza, é bem verdade, mas são tantos aqueles que vivem o amor da forma mais pragmática que existe. 
No que diz respeito às questões do coração, não consigo ser consensual, mas entristece-me olhar para as paixões como algo muito passageiro, mecânico e enfadonho. O romantismo como o de Romeu e Julieta,  como o de Carlos da Maia e Maria Eduarda, como um Amor de Perdição. O que era do amor se não tivesse um incremento de loucura, uma insensatez febril, uma ode ao doce sabor de viver. Portanto, amar a meio gás, semear a segurança, criar grades invisíveis para se interpretar um lead role in a cage, não é, definitivamente, para mim. 


Sem comentários:

Enviar um comentário