sábado, 15 de março de 2014

O que Norma Bates fez por Psycho?


Estreou, recentemente, a segunda temporada de Bates Motel, que segui com verdadeira devoção, no ano passado. Criada por Antony Cipriano, que soube usar com mestria o icónico Psycho de 1960, de Hitchcock, baseado no livro homónimo de Robert Bloch. Em 98, Gus van Sant pegou no trabalho anterior, e criou o primeiro remake, com Vince Vaughn no papel de um improvável Norman Bates. 
No caso da série, Cipriano soube fazer render o peixe e trouxe o argumento para o século XXI, retratando a juventude do assassino psicótico do hotel Bates. Talvez Fredie Highmore seja muito jovem para suportar uma herança tão pesada e é em Vera Farmiga, mãe de Norman, que a série ganha todo um relevo muito para além do que Robert Bloch deixou no seu policial. Toda a relação no limite da esquizofrenia que se observa de episódio para episódio entre mãe e filho, o deslevo irracional, o germinar de uma mente severamente perturbada. É caso para afirmar que se não houvesse uma Norma Bates, em Psycho não teríamos encontrado tamanha complexidade.

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