Fábrica têxtil, algures na Índia. |
A propósito deste assunto, que não me canso de reforçar quando tenho oportunidade, ontem, numa conversa banal com a minha irmã, ela contou-me que adquiriu um kispo da coleção de Inverno 2014/15 Calvin Klein, caríssimo, muito acima do expectável por diversas razões. Pedi-lhe gentilmente que verificasse o país de fabrico. Consternada, respondeu-me que era Índia.
Se, por um lado, estas empresas milionárias contam com a despreocupação dos consumidores, também se aproveitam, de igual modo, de quem vai na firme convicção que, com preços tão avultados, promove o comércio justo.
Da mesma forma que podemos interpelar um consumidor que paga 3 euros por uma t-shirt com a inconsequência do seu acto, pode-se chamar a atenção ao consumidor que julga pagar o suficiente para mitigar as más condições de trabalho e promover um consumo mais responsável?
Na dúvida, não se fiem nas marcas e nos preços estabelecidos. Usem em vosso proveito as etiquetas. Embora não possamos erradicar do mundo toda a injustiça social, consumidores informados e conscientes adquirem um poder inimaginável.
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