quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O sexo e a cidade - a evolução e o disco riscado.

Charlotte, Samantha, Carrie e Miranda, em O Sexo e a Cidade

A icónica O Sexo e a Cidade passa agora na FoxLife e não há dia que não reveja as aventuras sentimentais das quatro raparigas que marcaram um rompimento do paradigma televisivo nos anos 90 e princípios do novo milénio. Embora quase com 10 anos desde o final da série, em 2006, mantém-se imensamente actual e creio que, no comportamento feminino e no que às relações românticas diz respeito, não deverão ocorrer, para breve, grandes mudanças que releguem a obra para algo obsoleto, que fez sentido em determinada época, mas ultrapassada.
As duas últimas temporadas talvez sejam as mais ricas, porque é-nos possível perceber uma evolução significativa em Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte.
Miranda torna-se mãe, atropelando todas as expectativas da própria. A maternidade não é amaciada com tontices de mulheres hormonalmente desequilibradas. É algo bem mais cru, trabalhoso e castrante.
Aidan e Carrie, em O Sexo e a Cidade
Carlotte passa por um divórcio, depois das suas crenças infundadas se verem esmagadas sob o peso da realidade.
Samantha apaixona-se por um rapaz encantador que lhe ensina a ser uma mulher mais ponderada e respeitável.

Quanto a Carrie, talvez seja a que acaba a série da pior forma possível, ao lado de um homem com nobres trejeitos, porém de atitudes grosseiras e medíocres.
A evolução sentimental da última personagem foi residual. O homem mais sensato e apaixonado, Aidan, não se adequava às expectativas de uma relação fulgurante, cheia de entusiasmo e errelias. Apesar de parecer paradoxal, a calma pode ser mais fatal do que as tropelias. Já Berger, tonto, mal resolvido, repleto de esqueletos no armário, enegrecido pelas sombras da relação anterior, não poderia ser uma solução, mas um problema ainda maior do que foi Big. Pelo que, seria possível decifrar que de um copo sujo, ninguém bebe água limpa. E sobre isso, talvez me detenha daqui a algum tempo.

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