quinta-feira, 23 de maio de 2013

Amores bandidos



Para quem é fã, como eu, da série The Walking Dead ou mesmo dos comic books, perceberá, certamente, a minha simpatia pela personagem do Daryl Dixon.
As mulheres são criadas sob um enlevo de romances e tramas, desfasados da realidade, é facto, mas que nos alimentam de paixões platónicas, de simpatias estranhas e de amores bandidos.
Não há mulher que não se sinta atraída pelo salteador, aventureiro, pelo bad boy com uma índole gentil. As boas histórias valem-se disso e alimentam-se ferozmente das fraquezas dos corações femininos. Que nos diga a bela Elena de la Vega - caía de amores por um ladrãozeco -; a cândida e sofrida Sófia, deliciosamente entorpecida pelas palavras viscerais de Rodion Raskólnikov - assassino inconvicto -; ou mesmo Briseis pelo feroz Aquiles.
Nada é mais encantador num homem do que uma natureza aventureira e uma mente divagadora. Torna-se penoso talvez com o tempo, no entanto é o suficiente para entorpecer a alma feminina com devaneios tontos de romances literários.
Todavia, não os confundam com homens de índole grosseira e de baixa estirpe. Estes - os Daryl deste mundo -, pelo contrário, apesar da sua génese algo confusa, são assertivamente íntegros, sinceros nos actos e palavras, acreditando, até ao fim, nos propósitos da sua demanda. Nada têm a ver com leves sombras que pairam, de vez em quando, por aí, enganando com jeitos e maneiras fáceis e palavras travessas.
Por tudo isso, Daryl tem uma legião de fãs pelo mundo inteiro e pode orgulhar-se disso, porque o merece.

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