Não há senhora, mocinha ou já entradota, que não aprecie uma gentileza do sexo masculino. São as flores, os chocolates de boa qualidade, as joias à medida da carteira do cavalheiro, uma delicadeza de toda a espécie para enternecer os corações femininos.
Abordarei o assunto mais profundamente quando me for conveniente e o tempo estiver a dispor, mas há dois tipos de homens que fazem destes gestos nobres uma vantagem - os bem intencionados e os interesseiros que acobertam malignas intenções e deboches.
Não é tão incomum como se julga ouvir uma mulher comentar: «O meu marido ontem veio-me para casa com um ramo de rosas. Alguma o sacana anda a aprontar (em português delicado).» A verdade é que todos viemos ao mundo munidos de uma espécie de radar - o renegado instinto - e se nos cheira a esturro, pois o mais seguro é ficar, efetivamente, de olhos bem abertos e ouvidos bem limpos.
Por outro lado, e porque o mundo não é povoado apenas por gente miúda, há-os honestos, os bem intencionados, que oferecem pelo prazer de ver a satisfação nos olhos de uma mulher. É preciso estimá-los, porque são raros e o tempo não vai para desperdícios.
Não se melem, todavia, as senhoras que têm por casa um homem menos levado para o romantismo. Têm certamente a sua graça e, sem querer parecer sensaborona, o que conta são mesmo as atitudes. E isso minhas amigas, ofereçam o que oferecerem, não se mascara com três cantigas por tempo indeterminado.
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