quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cannes em todo o seu esplendor.

Por alturas do 66º Festival de Cinema de Cannes, é possível ver um desfile de criadores à escala mundial. É a altura de investir em visuais arrojados na passadeira vermelha, jogar pelo seguro ou ser ligeiramente mais excêntrico.
Embora todos os anos, exista quem se espalhe ao comprido, as escolhas por terras francesas são sempre, ligeiramente, mais interessantes do que os looks escolhidos para as cerimónias dos Globos ou dos Óscares. Deve-se a isso a influência das culturas europeia e asiática, proeminentes neste circuito.



Chloé
Balenciaga
Lanvin
  

Vionnet
 Dior
Carey Mulligan consta sempre na lista das mulheres mais bem vestidas. Apesar de não ser uma mulher belíssima, sabe tirar partido do corpo de ampulheta mini. Em Cannes apostou, à semelhança do que já é hábito, pelos visuais mais clean e depurados. As tonalidades variam entre o preto e branco, havendo uma predominância evidente para o monocromático. De todos os looks que vos deixo, o único no qual considerei a escolha da atriz menos feliz foi o Dior em seda cru, que usou na cerimónia de abertura do festival. O vestido, porém, é inegavelmente belo e bem moldado ao seu corpo. O problema põe-se com o facto de pessoalmente não gostar das combinações de cores plácidas em peles tão alvas (mais cabelos loiros), a menos que estejamos a falar do branco gélido. Em Carey, definitivamente, "less is more".

 Lanvin

Dior; Alexander McQueen; Dior
Nicole Kidman surpreendeu-me positivamente. É uma senhora que, embora exiba uma excelente forma física e um 'boneco' agradável, surge muitas vezes com escolhas duvidosas que, raramente, fazem alguma coisa pela sua figura direita e atlética.
Todos os looks demonstram um critério exímio de escolha, resultando numa modelagem excelente.  O vestido Lanvin, na minha opinião, ganha, sem grandes duelos, o lugar do pódio. A cor é divina (um misto entre um rosa envelhecido e vermelho desbotado), o tecido esvoaçante e as formas perfeitas de deusa grega, conferiram a Nicole as curvas que lhe faltavam. O styling está de parabéns. Uma vénia também para mais uma imaculada criação do ateliê Alexander McQueen.

Versace


 Givenchy


 Givenchy

Jessica Chastain, apesar de ser sempre uma mulher muito elegante, não esteve à altura daquilo ao qual já nos habituou. O vestido Givenchy, em roxo intenso (que vai lindamente com a sua pele) não sendo propriamente feio, não encanta. Não gosto do pormenor das alças e do decote. É um vestido de cavas (why?!), cheio de pedraria, numa cor rica e luxuriante.
Por sua vez, o Versace branco ou cru - não consigo definir - embora fosse um vestido bonito, não estava bem modelado para o seu corpo. Envelheceu-lhe a figura e roubou-lhe brilho. O colar, que era lindíssimo, também se dispensava sem penas de maior.
Salva-se - e porque a Jéssica é uma mulher lindíssima - o belíssimo vestido branco glaciar, assinado por Givenchy. As alças estrategicamente colocadas na extremidade dos ombros - para não achatar -, o decote fluido, em V - que conferiu elegância e delicadeza ao busto -, e o tecido que caía como uma segunda pele. Excelente modelagem e styling simplesmente perfeito. Porque é assim que uma senhora se deve apresentar em momentos como estes.

Continua... 

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