segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fake plastic trees.

A solidão mói, come as entranhas do ser mais cético e mais amargo. Não vale a pena ultrajar os sentidos, conferindo um caráter pequeno ao sentimento profundo de solidão. Embora dependa da forma como cada um de nós se posiciona no mundo, atinge-nos a todos, em determinado curso da vida. Não queiramos, pois, fazer disto uma epidemia do séc. XXI, todavia, manipular os sentidos em prol de indiferença, vontades dúbias, palavras plásticas e sentimentos também eles tão pequenos não é solução e atira-nos, das duas uma, ou para o patamar mais grosseiro ou para uma lugubridade sem precedentes.
Não andaremos todos à procura de vivências plásticas e que se quebram em pedaços ao mínimo sobressalto?
"Her green plastic watering can
For her fake Chinese rubber plant
In the fake plastic earth
That she bought from a rubber man
In a town full of rubber plans
To get rid of itself" - Fake plastic trees - Radiohead
E pode-se passar toda uma vida com gente assim e sentirmo-nos, eternamente, sós.

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