sábado, 1 de junho de 2013

Papalvice masculina.


Considero de extrema deselegância um homem rebarbar-se por uma mulher, na frente da sua namorada/companheira/esposa. Verdade seja dita, a galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha, mas pensamentos desses guardam-se na mente e não tomam as formas de palavras, sob pena de cometer uma deselegância irreparável.
É um mal que atormenta mais os homens de pouco caráter. As mulheres nasceram com o condão de serem mais comedidas, havendo, no entanto, para pena do género, algumas exceções que vão tomando formas na sociedade.
Caros senhores, os conselhos se fossem bons, como alguém disse por aí, vendiam-se e não se davam, mas eu, no auge da minha parcimónia insisto nisto: cavalheiros não desmoralizam a mulher com quem têm uma relação romântica (não querendo, com isto dizer, que com as outras o possam fazer); o sexo feminino é vingativo e nasceu munido com memória excecional; enquanto olham para o que não vos pertence, alguém cobiça o que é vosso e, como já se dizia desde o tempo da Maria Cachucha, quem vai ao ar perde o lugar; boas maneiras ficam bem em todo o lado e deixem-se essas tonterias para uma mesa de café, com os amigos do costume; por fim, apraz-me falar sobre aquela sensação estranha que nos transmitem dando o BI completo de verdadeiros trastes, de gosto dúbio e de manhas pardacentas.
Em suma, não desvalorizemos o que a nós nos veio parar, porque o vento que as trouxe, também as pode levar.

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