terça-feira, 11 de junho de 2013

Vamos falar sobre sexo?



Costuma-se dizer que uma senhora não fala sobre pormenores da vida privada em público, que é de mau tom e que denota alguma vulgaridade. Pois há várias formas de abordar a temática sem que nos caia uma tabuleta na testa com a inscrição, em luzes néon, a piscar promíscua.
Conversar sobre a vida sexual com amigas de confiança e com o seu parceiro sexual é saudável e desinibidor, pelo que funciona muito bem como afrodisíaco. Em terras lusas, a camada feminina é castrada desde tenra idade, sendo-lhes incutido valores torpes, sensaborões e retrogradas.
A verdade é que quando se ouve uma senhora proferir que gosta de sexo, que realiza as suas fantasias sexuais, que as tem, como é óbvio - pois que venha para aqui alguma mulher afirmar que possui um vácuo imenso em relação a esses assuntos -, munem-se uns quantos hipócritas da sua língua viperina e acercam-se da pessoa como abutres em volta de carcaças. Ora criticam aqui, ora escarnecem ali... uma papalvice de todo o tamanho. A título exemplificativo, lembro-me de, há não mais de um ano, uma traste que conheci comentar que uma colega de trabalho disse, sem meias palavras e sem floridos de maior, que gostava de praticar sexo oral. Frase que, como é evidente, deve ter surgido quando, em grupo, se juntaram para falar sobre vícios privados e as suas fantasias sexuais de forma descomprometida. Pois o fulano passou toda a noite pasmado, muito ofendido com a conversa, com palavras deselegantes, inquisidor. Julgam por acaso que se tratava de uma cavalheiro boquiaberto? Pois desenganem-se. Era uma tonto de todo o tamanho, de uma promiscuidade ímpar, conhecido por prevaricar com senhoras casadas, comprometido com uma pobre rapariga, trapaceada pelas palavras de dignidade fingida, e com a agravante de se orgulhar, para além da excelente performance sexual - gaba-te cesta que amanhã vais à vindima -, ainda proferia, sem filtros, que não precisava de precauções de maior, que era uma pessoa higiénica e que não se enganassem que esta criatura só fornicava com senhoras dignas - paradoxos da vida.
Este post para poder dizer-vos que nada é mais libertador do que uma boa vida sexual, com o parceiro certo - sem que com isto queira dizer que haja compromissos de maior, ficando à consideração do individualismo de cada pessoa - e conversar abertamente sobre isso é saudável e evolutivo.

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