quarta-feira, 12 de junho de 2013

Vera Wang

 
Pensa-se em vestidos de noiva e logo nos vêm à ideia os tecidos ricos, as cores entre o branco glaciar e as peroladas, saias vaporosas ou rígidas a lembrar o velho imperialismo, corpetes nem sempre tão consensuais como se julga.
Eu penso nestes vestidos - que não almejo usar, apesar de os considerar magníficos - e lembro-me de Vera Wang. Nem Chanel os cria tão magistrais. A par da casa Dior, que lhes vence em história, o atelier Vera Wang conquistou a simpatia a uma escala global e não é por acaso que é sinónimo de elegância e surge como opção viável em qualquer casamento real.
Embora goste da simplicidade de Rouland Mouret ou de Lanvin, que nos remetem para a mitologia grega ou para visuais mais austeros, embora com uma simplicidade depurada na medida certa, se o objetivo for causar impacto visual, pois escolha-se então uma criação da designer asiática.
A coleção de Primavera está arriscada, com conta, peso e medida, representa uma linha ténue entre o bom senso e o clássico e o excêntrico do novo milénio, onde as cores e os tecidos arrojadas são a imagem de marca.
Sou assumidamente cética na utilização desmedida dos corpetes em vestidos de todo o género, não havendo exceção quando se trata do traje de noiva. Poucas vezes os vi caírem como uma luva e menos vezes ainda os vi fazerem alguma coisa em prol da imagem da mulher. As senhoras portuguesas são donas de um biótipo demasiado caprichoso para se aventurarem neles, embora existam as exceções. Braços volumosos, busto muito masculino, peitos demasiado proeminentes e peso a mais fazem parte de uma lista de inibidores que devia andar na bolsa de qualquer senhora, sob pena de se entusiasmarem com um vestido inimigo da sua estrutura.
Será, de resto, um assunto que abordarei com mais tempo. Fiquemo-nos agora com a coleção.
 







 

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