sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Chapéus



Sempre gostei de chapéus. Lembro-me que em pequena tive uns poucos, que coordenava ora com vestinhos de Verão - por norma de palha e com uma fita delicada; ora com os sobretudos de Inverno - de lã, bem mais clássicos. Com o passar dos anos, fui deixando de ter paciência para os usar. A roupa tornou-se mais casual mesmo nas ocasiões especiais e não havia grande pachorra para pensar nas toilettes em grande escala. Também era uma época em que comprava poucas peças por ano e queria era gastar o pouco dinheiro em ténis de marca rotineira. 
A verdade é que os chapéus nunca fizeram parte do guarda-roupa das mulheres portuguesas de forma constante, exceptuando as senhoras  cujo dress code os exigia ou aquelas que nasciam com uma herança pesada das famílias mais abastadas.

Felizmente, com a democratização da moda - talvez se possa aplicar a globalização, se entendermos que em alguns países da velha Europa, fazem parte integral da toilette tanto de uma senhora como de um cavalheiro - eles reaparecem mais usuais, descontraídos, em formatos mais andróginos, de forma a acompanhar o estilo feminino do séc. XXI. 
Pessoalmente, considero os chapéus a cereja no topo do bolo, se bem adaptados. Se não for grande adepta do acessório, experimente vários modelos e tente encontrar aquele que mais lhe agrada - por vezes embirramos com um modelo e não conseguimos passar adiante. Se comprar um preto ou camel, conseguirá prestá-lo a combinações infindáveis sem se tornar aborrecido ou descontextualizado.  





Chanel, 1936


Vogue, Maio de 1963


Yves Saint Laurent, 2012

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