sábado, 4 de janeiro de 2014

Resolução 2014 - livros


Fiódor Dostoiévski
Nunca fui pessoa de listar o que é premente fazer todos os anos. O que é mesmo necessário, não esquecemos, mas podemos abandalhar as coisas um bocadinho. Quando damos por ela, já andamos ligeiramente perdidos. Acontece-me o mesmo quando falto a uma aula. Na semana seguinte, volto e parece-me tudo tão diferente, fico deveras baralhada e torna-se bem mais penoso, pelo que levar a rotina com regras e alguma tranquilidade ajuda a que nos sintamos em paz. 
Em 2013 acabei por ler bem menos do que aquilo que pretendia. Não por falta de tempo, mas por ociosidade, inércia do género vou ver aqui uma série ou filmito no computador. Vai daí, começa-se a perceber que o Siddhartha ainda está na prateleira a ganhar pó e que tenho o Humilhados e ofendidos para ler há mais de um ano (assim como Gente pobre e O eterno marido). O último que li, de Tolstói, maçou-me. Gosto do autor e admiro toda a sua filosofia de vida, mas o Ressurreição, Máslova e a sua indecência, o emaranhado do mesmo e do mesmo, e toda uma assaz burguesia da personagem principal, em busca de restos de moralidade, tornou-se fastidioso. Faltam umas boas 80 páginas para o final e talvez não o retome. Raramente deixo um livro por acabar. Há muitos anos, deixei Em busca do tempo perdido a meio.  Tenho o desejo de recomeçá-lo. Na altura tinha 17 anos e tornava-se demasiado pesado para a minha jovialidade. Portanto, a verdadeira resolução para 2014, para além do que, para mim é óbvio, será, pelo menos, arrumar o stock de livros da minha prateleira e buscar, uma vez mais, aquele prazer perdido das tardes chuvosas a ler Eça de Queirós. Porque sempre acreditei que nada é tão enriquecedor como a leitura. 

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