quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Inside Llewyn Davis ou onde estão os Coen?


Que grande pena a minha que os irmãos Coen tenham perdido o brilho em Inside Llewyn Davis. Vai-se a ver e lembrou-me Lost Highway, do confuso e inconstante trabalho de David Lynch. Em boa verdade, quando vemos um Burn After Reading, com as misturas improváveis, toda a particularidade sensacional do trabalho dos Coen, percebemos que não podemos esperar sensaboria nem previsibilidade. Uma arma que neles funciona bem e que em Lynch se torna cansativa. 
Depois de alguns Óscares, uma Palma de Ouro pelo belíssimo Barton Fink, seria de esperar um trabalho mais magistral. Não que não o seja, mas auspiciava consideravelmente mais. A aposta em Isaac para Llewyn Davis, o aspirante a estrela de folk music, podia ter sido o calcanhar de Aquiles, mas não me parece que o elenco esteja no âmago da minha desilusão. Talvez a confusão que se gera, lá está, a  lembrar Lynch, no seguimento do filme, que faz com que o espectador finalize com um então era isto? seja o problema, mas não é somente essa a questão. Depois de No Country for Old Men, Fargo ou Blood Simple, dos Coen, esperava uma obra irrepreensível. 

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